Dimas Covas disse que início da campanha estadual segue mantido para o dia 25 e afirma que plano foi criado para 'acelerar' uso da vacina, 'dada a imobilidade' do governo federal. Nesta segunda (14), governo de SP anunciou mudança na estratégia para conseguir registro definitivo da CoronaVac no país.
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse nesta terça-feira (15), esperar a inclusão da CoronaVac no programa nacional de imunização e afirmou que o cronograma de vacinação contra o coronavírus, apresentado pelo governo de São Paulo na semana passada, segue mantido para o final de janeiro.
Produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, a vacina ainda está na terceira fase de teste, em que a eficácia precisa ser comprovada antes de ser liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
"A vacina estará disponível em janeiro e em 25 poderá começar essa campanha. Espero que essa campanha seja, também, nacional, não seja só do estado de São Paulo, mas que seja incorporada por todo o Brasil através do programa nacional de imunização", disse Dimas Covas em entrevista à GloboNews.
Segundo Dimas Covas, um dos objetivos do programa estadual é acelerar o uso da vacina e pressionar o governo federal a estabelecer um plano nacional de imunização. O anúncio foi feito no dia 7 de dezembro.
"O Butantan tem o compromisso de entregar as vacinas. Nós temos um cronograma, esse cronograma está sendo rigorosamente cumprido. Vamos ter a primeira vacina disponível aqui no Brasil, e isso é para uso. Não tem sentido a vacina permanecer na prateleira. O plano do governador do estado de São Paulo é um plano exatamente para acelerar esse uso, dada a imobilidade da autoridade maior, do nosso programa nacional de imunização, algo tem que ser feito. Não se admite a vacina parada na prateleira", afirmou.
"Foi proposto esse plano, e ele causou a discussão, ele atingiu já o seu primeiro objetivo, que é provocar a discussão em relação à vacina. Até então este assunto estava imobilizado. Não se discutia, não se discutia de forma aprofundada, nem um plano coerente nós tínhamos e continuamos não ter. Então, nós temos que discutir, sim. É função dos entes que compõe o SUS", completou.
Registro definitivo
Nesta segunda (14), o governo de São Paulo anunciou uma mudança de estratégia para conseguir autorização para o uso da vacina no Brasil. A previsão inicial era de que os resultados dos testes feitos no país fossem enviados à Anvisa nesta terça (15).
O Butantan optou por desistir de pedir liberação para uso emergencial e apresentar a documentação completa para conseguir o registro definitivo do imunizante. A solicitação será levada também à NMPA (National Medical Products Administration), instituição chinesa responsável pela regulação de medicamentos.
Número de infectadosSegundo o governo, a fase 3 dos testes no Brasil registra 170 voluntários contaminados. O estudo conclusivo vai medir a taxa de eficácia do imunizante comparando quantos receberam placebo e quantos tomaram a vacina. A taxa mínima recomendada pela própria Anvisa é de 50% como parâmetro de proteção.
G1
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