Faz-se necessário que a população de Crateús, economize água. Não desperdiçar é muito importante para que não falte água nas torneiras do povo crateuense.
Depois de várias reclamações sobre uma série de vazamentos na Adutora de Montagem
Rápida (AMR) de 160km entre o Açude Araras, no município de Varjota, e a cidade Crateús,
no último fim de semana, uma operação intensa envolvendo 50 operários e técnicos, dez
viaturas e seis máquinas em dois dias reduziu pela metade o desperdício de água no
sistema.
Houve troca de equipamentos, reforço na rede tubular e no sistema elétrico.
O Estado do Ceará enfrenta cinco anos seguidos de chuvas abaixo da média, sem recarga
nos principais reservatórios, com perda constante do volume de água. Na região dos
Sertões de Crateús, esse quadro já se verifica há sete anos.
O Açude Carnaubal e a
Barragem do Batalhão, em Crateús, secaram e o risco de colapso no sistema local era
iminente.
A alternativa encontrada foi instalar uma adutora de 160 km de extensão, uma obra de
engenharia sem precedentes na região Nordeste, no modelo de AMR. A unidade capta água
do Açude Araras, que está com 5% de seu volume, na Bacia do Acaraú, e transfere para
sistemas de tratamento e distribuição para Ipu, Nova Russas e Crateús.
Implantada em março de 2015, a AMR começou a apresentar problemas de vazamentos,
que foram se agravando. A operação de conserto e manutenção começou na quintafeira
passada. Foram mapeados 133 vazamentos e consertados 85. "Retiramos os mais
significativos", disse o gerente regional da Cagece, em Crateús, Dalmo Barreto. "Havia um
desperdício de 30% e reduzimos para 15%".
Ainda sem data definida, será feita uma segunda etapa de serviço para eliminar vazamentos
que ainda restam. "Foi uma verdadeira operação de guerra", disse Barreto. Sob o sol
escaldante dos Sertões de Crateús, 50 operários trabalharam intensamente no trecho de
160 km em dois dias e duas noites.
O técnico da Cagece, Fernando Amorim, coordenou o
trabalho que teve a participação da Secretaria de Recursos Hídricos (SRH), Companhia de
Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), Cagece e da construtora Cosampa.
Estrutura
Os números demonstram o tamanho da operação: foram utilizados três caminhões Munck,
três retroescavadeiras, três geradores de energia, máquinas de solda, 10 viaturas e
consumidas 200 quentinhas e oito quilos de rapadura.
De acordo com Dalmo Barreto, foram instalados protetores contra quebra da adutora em
caixas de concreto. A adutora tem 85 km em rede de 500mm de diâmetro e 75 km de
tubulação de 400mm. "Os vazamentos não impediam de a água chegar ao sistema de
Crateús, mas havia desperdício em torno de 30%", explicou Barreto. "Essa adutora é uma
obra complexa de transferência de água entre duas bacias hidrográficas".
Principais resultados
Troca da válvula de pé de uma bomba dos flutuantes Varjota;
Instalação de um novo disjuntor geral de 1600A na EB Flores;
Vazamentos retirados = 85 (de um total de 133 mapeados);
Novo gerador e nova bomba instalados no açude dos Palmares (açude injetado na adutora
para reforço Crateús);
Injetamento de TAUs (dispositivos de proteção da adutora)= 3;
Registro de 500mm instalados = 4;
Registro de 400mm instalados = 5
Portal do Helvecio
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